11.16.2013

Aquela Coisa - Capítulo cinco

- Lhe dou cobertura!

P.O.V Blair

      Ainda não estava acostumada com a pele fria de Jack tocando na minha. Se ele fosse uma pessoa normal, diria que ele é um zumbi. Estava tudo indo bem, até que Sara faz uma pergunta não muito agradável a Jack, pois era duro para ele ter que lembrar do que aconteceu com ele há 300 anos atrás.

      - Ah, Sara. Pode fazer outra pergunta? Acho que essa pergunta não é muito agradável para o Jack...
      - Não tem problema, Blair. Eu respondo! -Jack deu um leve sorriso e pois toda sua atenção a Sara. - Eu tinha, mas não faço a mínima ideia do que aconteceu com ela. -Ele disse normalmente, como se para nós também fosse normal.
      - E essa é a única coisa que você fala? Que não sabe o que aconteceu com a sua irmã? Como já repeti hoje: Que tipo de irmão é você? -Reclamou Selena.
      - O que você quer que eu faça? Já faz um ano que descobri que tenho uma irmã, e se eu pudesse, saberia o que aconteceu com ela. Mas infelizmente são razões no qual ninguém entenderia. Blair, com toda licença. Vamos para casa? O clima daqui não está bom em minha opinião. -Disse Jack se levantando da cadeira. Me levantei e dei um tchau para as meninas.

      Era a primeira vez que vi Jack bravo, excerto quando Breu apareceu naquele corredor da escola. Jack andava rápido e, embora eu estivesse tentando acompanhar seus passos, eu não conseguia. Jack esbarrava nas pessoas e nem se quer pedia desculpas, e eu me dei o trabalho de pedir isso para ele. Quando finalmente consegui alcançá-lo, o segurei pelo braço e o virei para minha frente, o mesmo se recusava a me olhar.

      - Olha me desculpa pela Selena! Mas esse é o jeito dela, ela detesta o fato de eu ter amigos pois acha que eu a ignorarei. Sempre que estou conversando com alguém e a chamo, ela me ignora, o que me faz ficar chateada. Você é quase do mesmo jeito, a diferença é que você odeia quando tenho amigos garotos.
      - E como não ter? Vai que você se apaixone por um carinha e esquecer de mim. E caso esse carinha partir seu frágil coração? E quem você vai procurar? Eu! -Ri de seu drama no meio da rua,
      - Não vou deixar ninguém quebrar meu frágil coração. Mas escapamos do assunto. Peço desculpas pela Selena, um dia você se acostuma.
      - Oh garotinha chata, viu! Nem sei como você consegue ser amiga duma naja como aquela garota. -Dei uma gargalhada exagera, o que fez Jack rir também. - Mas por outro lado... Feliz aniversário meu floquinho de neve!
      - Agora que você veio dizer? Você passou o dia comigo e só vem me dar parabéns no final da tarde? Ótimo amigo eu tenho!
      - Ok, chega de drama! Vamos pra casa? E se puder... Dorme na rede da sala hoje? Já que n´s vamos para Manhattan, queria que fosse num lugar no qual sua mãe não saiba que você saiu.
      - E quem disse que eu concordei com isso? Eu apenas vou porque não quero que Breu faça a Sophia ou o Jamie ter pesadelos, detesto pesadelos!
      - Dá pra perceber. É por isso que peço para que o Sandman te dê os sonhos mais estranhos da sua vida. Combina com você. Você é estranha e, com sonhos estranhos seria uma coisa mais estranha ainda.
      - Pare de usar a palavra "estranho" e começa a usar a palavra "proteger". A gente vai ter que ir pra oficina do Norte.
      - Por que? O que vamos fazer lá?
      - Querido, eu que sou uma mortal sem poder algum sou mais inteligente que você. Temos que pedir para que os outros fiquem cuidando do globo, dos dentes e dos ovos de páscoa. Como da última vez, Breu vai querer estragar os dias mais importantes na vida de uma criança, e não queremos isso. Tenho tempo de sobra até a hora das crianças dormirem para criar um aparelho no qual servirá de alerta, caso eu e você estivermos com problemas.
      - Sabe fazer isso?
      - Posso! Mas primeiro preciso de celulares velhos. Posso pedir para um amigo meu que se acha o gênio criar um vírus de celular no qual deixe nos comunicar sem precisar de bônus e em qualquer lugar do planeta.
      - Deixa eu adivinhar: Wally Patrick, não é?
      - Infelizmente sim. Mas ele não pode desconfiar do que estamos fazendo, caso contrário ele vai achar que queremos assaltar um banco.
      - Vamos para algum lugar seguro. Mas primeiro, tenho que pegar o meu cajado. Eu deixei embaixo da sua cama.
      - Oque? Quando colocou embaixo da minha cama? E se o meu pai ver?
      - Coloquei enquanto dormia. E agora é mais um motivo para irmos logo pegar aquele cajado. -Jack segurou em minha mão e foi correndo em direção até minha casa.

      Jack era o típico garoto que tem a terrível mania de não deixar uma pessoa andar quando está apressado. Como anteriormente, ele corria rápido, bem rápido. E ao perceber que eu não estava conseguindo acompanhá-lo, me puxou para perto de si e me colocou em seu colo, me carregando come se estivesse com uma perna quebrada ou algo do gênero.

     - Jack, que estranha mania você tem de me carregar como se estivesse machucada quando não consigo te acompanhar.
     - É o único jeito, ou se não, você fica aí passando mal pelo meio da rua e eu sem ter a capacidade de fazer alguma coisa por você. Eu sei que você tem problemas com asmas, e o único modo de você não passar mal é este.

      Jack sorriu para mim enquanto continuava a me carregar. Toda essa história era nova para mim, mas uma decisão errada e o meu destino seria completamente mudado. Ao chegar em casa fui correndo em direção a minha cama, não encontrei o cajado de Jack e, ao me virar, vejo meu pai com o mesmo em suas mãos.

      - Blair, quantas vezes eu tenho que dizer que em casa não é lugar de lixo? -Reclamou meu pai.
      - Desculpa. Mas dessa vez não é lixo, é uma coisa importante. -Tomei o cajado de suas mãos e abri a porta de casa, me preparando para sair, mas fui interrompida por meu pai.
      - Para onde vai? Sua mãe vai chegar daqui a pouco, e senão estiver aqui sabe muito bem o que irá acontecer. -Olhei para Jack que estava do lado de fora e fiz uma careta.
      - Ah... -Eu precisava de um argumento, mas o que diria? - Vou até a casa da Sara. Ela me convidou para jantar lá, acho que volto ás sete e alguma coisa, não pretendo chegar depois das oitos.
      - Hum... Estou de olho em você e no seu amiguinho do cabelo branco.  Vocês dois me parecem muito apegados.

      Saí de casa sem dizer mais nenhuma palavra e, ao sair entreguei o cajado a Jack. O mesmo como de costume me arrastou até um lugar no qual ninguém aparecesse por lá. Quem visse, acharia que iríamos fazer algo de errado em um beco completamente escuro e isolado.

      - Antes de irmos, tenho que fazer uma ligação urgente.
      - Ligação? Pra que? Vai aprontar como sempre?
      - Não. Acha que o meu pai acreditou na história de que vou jantar na casa da Sara? -Jack assentiu. - Negativo. Ele certamente vai ligar pra ela e perguntar se essa história é verdade. Mas o que ele não sabe é que enquanto ele me fazia um questionário, eu peguei meu celular disfarçadamente. Vou ligar pra Sara e pedir que confirme que eu irie jantar na casa dela, já que ele acha que meu celular está em cima da estante da sala.
      - Tem certeza de que isso vai dar certo? Eu não sei não, viu? Mas vá em frente, faça o que tiver que fazer se for pra salvar o mundo.

      Dei um sorriso de canto para Jack e o mesmo retribuiu. Peguei o celular do bolso da minha calça e disquei o número de Sara, eu só espero que ela atenda e que nada der errado. Em três toques a mesma atendeu.

      - Alô? Blair? Por que está me ligando? Geralmente é raro você me ligar.
      - Olha, não tenho tempo para explicar, quero apenas que me escute, entendeu? A verdade é que eu vou ficar fora e meu tempo é até antes das oito da noite, e quero que você me dê cobertura.
      - De chocolate ou de creme? Haha!
      - É sério, não brinca! Olha, caso meu pai ligue pra você confirme que eu fui jantar aí e que ficaríamos lendo alguns livros para um trabalho do professor Jardel. Não diga nada, apenas faça o que eu digo;
      - Olha, durante esses sete anos que eu te conheço, tenho que te admitir uma coisa. As raras vezes que você fala assim é porque a coisa é realmente séria. E dá pra ver pela sua voz que as coisas não vão nada bem, então eu te ajudarei sim.
      - Ah, obrigado Sara! Você não faz ideia do quanto eu estou feliz por e ter como amiga. Obrigado por tudo, tchau!

      Abri um enorme sorriso para Jack e o mesmo assustou-se quando pulei em seus braços. Eu não sabia muito bem o que estava prestes a acontecer, mas estaria disposta a fazer tudo para que todas as crianças do mundo fiquem salvas. Acho que passei um bom tempo abraçada com Jack, pois o mesmo fez um barulho coma garganta me fazendo olhá-lo.

      - E então, o que vamos fazer em Manhattan? –Disse logo depois de soltá-lo.
      - Tudo indica que Breu vai para lá, atrás do poder antigo da guardiã que controlava a vida aqui na Terra, sem ela o mundo não teria vida. Provavelmente ele quer destruí-la para que o mundo acabe aos poucos.
      - Já ouvi falar dessa guardiã na escola, mas todos falam que é apenas uma lenda. Então ela mora no mar de Manhattan, certo? –Jack assentiu com a cabeça. – E o que estamos esperando? Temos que ir para o Polo Norte o mais rápido possível.
      - Ei, espera! Mas e quanto aos celulares que servirão de meio de comunicação entre todos nós?
      - Falarei com o Wally pelo Skype. Creio que você tenha um notebook no meio das coisas espalhadas pela oficina do Norte. –Assim que disse, Jack fez uma cara nada agradável, o que me fez perceber que não havia um notebook nas coisas do Noel. – Trate de arranjar os celulares e o notebook!

      Jack era preguiçoso, por isso fez uma breve careta e logo depois me colocou em seu colo, se preparando para poder voar. Ao chegar na parte turbulenta, fechei os olhos e jurei que estava caindo, mas era tudo fruto do meu pensamento. Ao sentir que Jack pisou no chão, abri meus olhos lentamente e pude ver os outros quatro guardiões me encarando.

      - Mas onde estavam? Já são quase seis da tarde e vocês estavam passeando por aí? –Disse Coelhão, resmungando como sempre.
      - Desculpe, a culpa foi minha. Tive que inventar uma boa desculpa para meu pai deixar eu vir, e tive que tentar convencer uma amiga a dizer que iria jantar na casa dela.
      - Pelo menos uma adolescente aqui sabe pensar! Diferente de você, Jack. –Como sempre iria começar a briga de Coelhão e Jack.
      - Opa! Eu penso sim, tá legal!? –Defendeu-se Jack.
      - Não temos tempo para brigas, meninos! Afinal, temos que encontrar seis celulares como a Blair disse. –Fada os interrompeu.
      - Como sabe que preciso de seis celulares?
      - Sandman estava passando quando ouviu a conversa de vocês, e então ele chegou contando para nós do que precisava.
      - Ótimo! Vamos atrás do que precisamos...

Bem, acho que esse capítulo foi um pouquinho grande, o que é bom. Acho que no próximo terá um pouco mais de ação já que eles terão que salvar a Guardiã da vida que terá um papel muito importante na fanfic, tanto na primeira temporada quanto na segunda. Sim, terá uma segunda temporada. Bom, não vou falar muito sobre a segunda temp. está muito cedo. Mas o que tenho que dizer é que o próximo capítulo será de pura emoção, uma coisa bizarra vai acontecer com a Blair. O que vai acontecer? Só lendo para descobrir.

12 comentários:

  1. Ai,que massa .pf poste o mais rapido possivel se nao eu morro aki

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    1. Haha, tentarei postar o mais rápido possível como pediu.

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  2. Amei o capitulo *---*
    Posta logo o próximo!Anciosa ç.ç

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  3. A-M-E-I
    posta o outro hj se der ??

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  4. Perfect
    ContinuAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

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  5. Perfect
    ContinuAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

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  6. Perfect
    ContinuAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

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  7. Perfect
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