Catarina
P.O.V’s
–
Catarina acorda! – ouvi a voz de Bianca me despertar de um leve cochilo que eu
tinha dado.
–
Anda Catarina! – ouvi vários resmungos de Alex, seguidos de alguns palavrões.
Amiga delicada a que eu tenho, não é?
–
O que foi? – perguntei olhando para elas com sono e, como sempre, fazendo uma
cara sofrida.
–
Não faça uma cara sofrida, se levanta.
–
Me obrigue. – Fiz birra me virando. Pois é, mesmo em um apocalipse zumbi eu
dormia. Mesmo sabendo que a nossa base poderia ser invadida a qualquer momento
pelas pestes lá fora e todos morrerem ou pior, acabarem de transformando neles,
eu dormia.
–
Sua disposição num apocalipse zumbi me emociona. – ouvi a voz de Alex mais
próxima agora, perto de Bianca, eu acho, estava de olhos fechados.
Enfim
me levantei e encarei as duas com raiva.
–
Me falem o que vocês querem, e se não for algo importante eu dou um pontapé na
bunda de cada uma e vocês irão parar fora da base.
–
Que medo. – ouvi a voz de Juno um pouco longe, mas que logo ficou nítida quando
a mesma entrou na minha barraca improvisada. E, como sempre, com a mesma cara
de garota exibida, metida, patricinha e tudo de ruim, sério, a garota só ligava
para ela e para a Tina, sua melhor amiga e também patricinha e todos os outros
adjetivos igualmente ruins. – A filhinha do papai está se revelando? Quer ser
uma rebelde? Como a sua mãe foi antes de fugir da Alfa e ir para o lado de
fora, onde foi devorada? Que pena, ops, não. Vai logo, ninguém vai sentir
falta, te garanto, querida.
Meu
sangue ferveu, e não é no sentido literal, não. É real mesmo, meu sangue estava
fervendo. Levantei da cama, a minha mãe era um assunto delicado, não, delicadíssimo. Avancei em passos lentos
na direção de Juno, e a mesma se afastava na mesma velocidade, mas ainda estava
com a cara de sonsa estampada em seu rosto.
–
Como. Você. Ousa? – perguntei pausadamente. Eu estava nervosa, era visível.
Sempre que eu ficava nervosa eu tentava me controlar, mas minhas narinas se
inflamavam, os meus olhos ficavam vermelhos, pois eles secavam e eu até chegava
a chorar, involuntariamente, é claro.
–
Ousando, oras! Eu estou apenas lhe contando essa verdade. Desculpa, pensei que
já soubesse. – ela disse dando um risada alta e aguda.
–
Eu te aconselho a sair da minha frente antes que eu te descabele como uma
louca.
–
Tente. – ela me desafiou, parando de dar ré. Instintivamente parei e a encarei
nos olhos, lá eu encontrei apenas diversão, ela estava se divertindo ou apenas
tramando algo cruel, nunca se sabe. – Esta com medo, otária? – foi a gota
d’água.
Avancei
nela como um tigre faminto e furioso que ataca as suas presas. Ela tentou se
proteger, é claro, mas eu já cheguei distribuindo arranhões, tapas, cotoveladas
e até socos, naquele rosto cínico.
Ela
tentava me parar e revidar ao mesmo tempo, e até conseguia algumas vezes. Nós
duas já estávamos com vários e vários arranhões pelo rosto e pelo braço, até
que dois homens fortes (e armados) nos puxaram uma para longe da outra, apesar
de estarmos lutando para nos libertarmos e voltarmos a brigar, mas isso não
aconteceu.
–
Catarina, vamos! – senti o braço de Bianca passando pelo meu e me puxando. A
última coisa que vi antes de ser puxada para dentro da tenda do meu pai, foi
ver Alex chegando perto de Juno e lhe dando um soco na cara e depois rindo, mas
logo vindo para a tenda também. – Você estava louca? O líder não vai gostar
nada disso! – Bianca repreendeu-me.
–
Claro que não vai, acima de tudo ele ainda é o meu pai.
–
Eu sei, Cat. – ouvir o meu apelido de
infância me fez sorrir, só Bianca mesmo, ainda mais nessa hora! – Mas você às
vezes faz por querer, teimosia tem limite sabia?
–
Virou o meu pai agora, criatura? – perguntei erguendo uma sobrancelha.
–
Você e as suas manias de chamar as pessoas de “criatura”. Isso é irritante.
–
Não se esqueça do “cria”.
–
Como eu disse, irritante.
Eu
ri e ela também, mas logo paramos por estarmos chegando na sala de reuniões,
pois é, a tenda do meu pai/líder é bem grande, mas eu já me acostumei e não me
perco mais, bom... às vezes...
Percebi
que na sala estavam algumas pessoas há mais que o meu pai e o comandante das
tropas.
–
O que você quer comigo? – perguntei, interrompendo a “importante” conversa
deles e chamando a atenção deles para mim. Droga! Eu odeio chamar atenção! –
Por que me chamaram aqui?
–
Sua educação como sempre me emociona. – o comandante comenta revirando os olhos
e eu faço o mesmo, estou acostumada. – O senhor pode falar? – falou,
dirigindo-se ao meu pai, calado até o momento, que apenas assentiu e olhou
fixamente para mim.
– Catarina,
eu irei mandar uma equipe para da base Alfa, pois precisarei que vocês
exterminem uma nova raça de zumbis que surgiu há pouco tempo.
–
Me explique mais sobre essa raça. – exigi.
–
Essa nova raça parece ser uma mutação incomum. Além de comerem carne humana,
eles se alimentam de carne de zumbis normais. – ele disse com tranquilidade,
mas o meu queixo caiu e eu fiquei boquiaberta.
–
Isso... é impossível! A carne dos zumbis normais
é decomposta a cada di
a,
tornando assim, a carne podre. As células do vírus que os infectou esta
terminando de matar o resto de seu corpo, fazendo a decomposição do mesmo.
Qualquer pessoa ou coisa que ingerir aquilo pode ser contaminada ou morrer,
pois aquilo irá atingir o seu coração, mesmo que já “morto” e ele irá meio que
morrer de vez.
–
Eu sei que é estranho, mas essa é a natureza dessa nova raça. E eu descobri que
eles tem um força sobrenatural. Mais forte que uma horda de 40 zumbis e mais
forte que 50 homens armados com metralhadoras.
–
Então como vamos mata-los? Se eles não podem morrer com 50 homens como apenas
um equipe...
–
Existe um antivírus que não os transforma de volta a forma física de um ser
humano, mas retarda o processo de autodestruição e também os torna fracos por
um determinado tempo.
–
Como assim autodestruição?
Meu
pai suspira. Parece que está conversando com uma criança, mas na verdade está
falando com uma garota de 17 anos, incrível, não? Eu sei, eu sei.
–
Autodestruição é quando o zumbi de explode. Como nós não fazemos ideia, ele
apenas explode em um momento.
Olhei
para ele por um momento, pensei que estivesse brincando, mas apenas quando
estava livre pelo menos que por um segundo do trabalho de líder da Alfa (a
nossa base de sobrevivência, uma de poucas) que ele fazia algum tipo de piada
ou brincadeira, nada além disso.
–
Me mostre a minha equipe.
Meu
pai abriu um sorriso mínimo.
–
Sentido! – ele falou, elevando a voz em um tom autoritário e logo todos os
outros que estavam na sala, menos o comandante, formaram um fila atrás do meu
pai. Ao todo eram 10 pessoas. 5 garotas, provavelmente da minha idade e 5
garotos, acho que também da minha idade.
–
Me apresente. – falei olhando cada um.
Ele
começou pelas meninas.
–
Esta é Ginger Spears. Habilidades: boa no arco e flecha. – falou apontando para
uma garota de olhos cinzas, cabelos em um louro opaco e pele pálida, mais que o
normal.
–
Seja bem-vinda à equipe. – eu disse e a mesma me ignorou, fiz uma careta. –
Prossiga.
–
Esta é Morgana Williams. Habilidades: camuflagem e trabalho em equipe. – falou
apontando para uma garota com o cabelo louro, comprido, meio liso e meio
enrolado, olhos azuis celestes e pele cor normal, como a minha. Ela sorriu para
mim.
–
Bem-vinda à equipe, Morgana.
–
Obrigada. – ela respondeu, simpática, diferente da outra.
–
Prossiga.
–
Esta é a Sky Jones. Habilidades: Luta corpo a corpo. – falou apontando para a garota
com o cabelo cor de mel, olhos azuis e um pequenos sorriso tímido se formando
nos lábios.
–
Nome legal. Sky... – falei meio pensativa, olhando para cima, mas logo voltei a
minha atenção à Sky. – Bem-vinda à equipe. – ela sorriu e estendeu a mão, a
apertei e soube que ela era simpática, assim como Morgana. – Prossiga.
–
Esta é Alice Doile. Habilidades: adagas. – disse apontando para uma garota
magérrima, pequena, mas que parecia ter a minha idade, com cabelos louros com
alguns “trechos” de castanho e olhos azuis.
–
Boa habilidade, sempre quis aprender a manusear adagas, mas não é o meu forte,
sou boa em armas de fogo, luta corpo a corpo e em estratégias.
–
Boas habilidades. Sou péssima em armas de fogo, o meu forte são armas brancas,
adagas, mas eu também posso até usar facas, garfos, até uma colher fica mortal
em minha mão. – ela disse e rimos juntas, junto com alguns outros risos dos
estranhos e “apresentados”.
–
Você é engraçada.
–
Modéstia a parte, mas sou sim. – ela disse e eu ri mais ainda.
–
Bem-vinda à equipe, Alice. – disse recuperando o fôlego. – Pode...
prosseguir... – disse ainda com pouco ar. Que exagero da minha parte! Eu já
estava legal!
–
Esta é Allie Doile. Habilidades: machados. – disse apontando para uma garota
idêntica à Alice, mesmos traços físicos, olhos, tamanho e a mesma magreza, mas
a única diferença foi o cabelo, era castanho. E uma dúvida nasceu em minha
mente. Qual das duas gêmeas tinha o cabelo verdadeiro? Alice, loura, ou Allie,
morena?
–
Bem-vinda à equipe, Allie. – disse ignorando a pergunta, ela sorriu, mas não
falou nada, diferente da irmã que deu um meio show e me deixou sem ar de tanto
rir.
Meu
pai seguiu em frente, sem o meu “prossiga”, altamente irritante, e foi para os
garotos.
–
Este é Mike Docs (Google Docs, apenas ignorem o.k.? Please!). Habilidades: Luta
corpo a corpo e espadas. – disse apontando para um garoto com os cabelos louros
desgrenhados e olhos azuis.
–
Seja bem-vindo à equipe, Docs. Seu sobrenome é meio estranho, sem ofensas. –
disse meio acanhada.
–
Eu sei que é estranho, e não, não ofendeu. – ele disse tudo sorrindo. – Bom
estar na equipe.
Apenas
assenti e prosseguimos.
–
Este é Ross Rotch. Habilidades: adagas e caça. – disse e olhei para o garoto de
olhos castanhos médios e cabelos louros que sorria... tímido? Uau!
–
Bem-vindo à equipe, Ross. – disse estendendo a mão e ele a apertou forte, mas
nada que eu pudesse aguentar.
–
Este é Cody Sampaio. Habilidades: camuflagem, comunicação e trabalho em equipe.
– olhei para o garoto de cabelos castanhos e olhos azuis.
–
Bem-vindo à equipe. – ele apenas assentiu, como se estivesse nem aí para o que
eu dissesse, virou uma tal de Ginger Spears? Fiz outra careta e assenti.
–
Este é David Campbell. Habilidades: espadas e armas de fogo. – disse olhando
para um garoto com cabelos pretos e olhos azuis, com o maxilar meio quadrado.
–
Até que fim alguém que saiba sobre armas de fogo! – sorri colocando as minhas
duas mãos na cintura. – Bem-vindo à equipe, Campbell. Gostei do sobrenome.
–
Valeu. – ele disse, simples, mas pelo menos sorriu e acenou com a cabeça.
–
Este é Heitor Dolliser. Habilidades: Armas de fogo, caça, comunicação e armas
brancas. – disse apontando para um garoto de cabelos louros e olhos azuis.
Me
aproximei do mesmo e sorri, ele retribuiu.
–
Um prodígio? – perguntei. Esperei ele responder “sim”, “não”, “sei lá”, mas
essas respostas nem chegaram perto.
–
Pergunta retórica. Eu não preciso responder, mesmo que você queira. – ele
respondeu dando um sorriso sacana.
Lhe
mostrei a língua e disse:
–
Nós sairemos daqui à 3 dias! Preparem-se. Treinem, se alimentem bem e se
despeçam de seus familiares e amigos. Nós temos uma nova arma biológica para
destruir, ou talvez seremos destruídos. Mas quero que saibam que nós morreremos
com honra. Não quero vocês fiquem lamentando a perda de alguém. Ainda mais
vocês, gêmeas, Alice e Allie Doile. – falei, com um pouco de pena. Alice e
Allie se olharam assustadas. Suspirei. – Eu não queria que ninguém morresse,
mas é preciso. Mas para que isso não aconteça com frequência, já que somos um
grupo de 11 pessoas contando comigo, teremos que trabalhar em trabalho em
equipe, na nossa comunicação, nada de brigas desnecessários, e tudo que for
encontrado terá de ser compartilhado. Alimentos, armas ou informações
importantes para o seguimento da missão. Entendido? – todos assentiram e eu
concordei com a cabeça, confiante.
–
Ah, e mais uma coisa. – meu pai nos chamou a atenção e olhamos atentos para o
ele iria dizer, e ele disse algo que me surpreendeu. As palavras foram
exatamente essas: – Vocês terão de trazer três novas armas biológicas. Que
estão infectadas com o T-Vírus, mas, por incrível que pareça, o vírus se
adaptou em seu corpo e eles meio que se transformaram em “super-humanos”. Força
incomum, inteligência sobrenatural, são passivos e humanos como vocês, estão
apenas contaminados com o T-Vírus, nada demais. Precisamos deles para fazer
experiências e tentar criar um antivírus para o T-Vírus.
O
olhei. Não acreditando. Exterminar uma raça nova de zumbis super-mutados e
recuperar três armas biológicas criadas ou pela Dead ou pela Umbrella. Estamos
ferrados.
Oi, gente! Pois é, eu desapareci, né? Deixa eu explicar, depois vocês podem jogar as suas pedras, tomates podres... Enfim. Depois do Natal eu tive uma briga relativamente feia com o meu irmão, mas a pergunta: "O que isso tem haver, titia Ana?", é simples, eu uso o computador dele, pois o meu está queimado e ainda não mandou para concertar, então ele me deixou de "castigo" sem o computador, e eu quase morri, fiquei em abstinência, pois o computador é a melhor droga que existe hueuehue. Enfim, aí eu fiquei um tempo sem mexer, mas eu conversei com o meu irmão e eu pude voltar a mexer (com uma ajudinha da minha mãe, é claro). Mas não importa agora, né? Esse é o primeiro capítulo, espero que gostem, cupcakes! Esse não tem ação, mas depois vai ter, o.k.? Espero que gostemde novo! Até o próximo capítulo! Beijinhos.
Simplesmente maravilhoso , continua por favor... E quanto à problemas familiares te entendo...
ResponderExcluirObrigada, fofa! Pois é, obrigada por me entender
ExcluirOi, sou a Ana, autora do blog Histórias De Directioners. Vim avisar que você já está afiliada ao meu blog. :)
ResponderExcluirPS: Desculpe só ter visto agora
(Minha xará *-*) Pronto, fofa. Já está nos afiliados! Bjs :3
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