Almas Renegadas - Prólogo

Narrador P.O.V's

Três garotas muito bonitas e perigosas andavam calmamente pelas ruas de Nova York. A líder, Charlotte Williams, cabelos louros e olhos azuis cinzentos. Maquiagem pesada, conhecida como "gótica", apenas gótica, ou Lotte, mas este apelido eram para pessoas próximas, sua amigas, Mikaella Bonndier e Jennifer Hope. Ou Jennifer "Lilith" como gostava de ser conhecida, diferente de esperança era preferia o sobrenome dirigido a um demônio.

Mikaella era a mais nova do grupo, com apenas 17 anos, sendo que Lotte tinha 19 e Jennifer 18. Elas se conheciam a mais de anos. E, por incrível que pareça, tinham a mesma perversidade e o mesmo desejo de vingança pelo mesmo ser. Deus.

As mães de Mika (como era conhecida Mikaella) e de Jennifer morreram assassinadas, e as duas tinham a mesma fé por Deus, eram cristãs juramentadas. Minutos antes de suas almas deixarem seus corpos imploram a Deus para salvá-las. Mas nada. E, por fim, elas morreram.

O caso de Charlotte foi diferente. Ela era uma garota que se irritava facilmente, "pavio curto". Um dia, estava em casa junto com a sua família, era Natal. A mãe começou a berrar com Charlotte e a mesma não aguentou e acabou batendo na mãe. Seu irmão de apenas 4 anos tentou segurar a sua irmã, e esta por sua vez o segurou fortemente pelo braço, quase o esmagando. Se lembrou de sua visão ter escurecido e ter ficado "hipnotizada" por ódio. Quando recobrou a consciência se encontrou boiando em sua piscina, o corpo de seu irmão estava ao seu lado. Sem vida e sangrava, cheio de arranhados e cortes das unhas da irmã.

As três ficaram por conta própria. Juntaram suas coisas e começaram a se meter em roubos e assassinatos. Mas, nunca foram descobertas. Mas, nem sempre a sorte esta ao seu favor.

Charlotte P.O.V's

Hoje estávamos indo para a casa de Ed, o chefe da nossa máfia. Iríamos pegar as nossas coisas, pois, eu não sei como, mas o F.B.I nos descobriu e esta vindo atrás de nós, junto com metade dos policiais de Nova York. Não éramos tão perigosas assim, né? Nós só matamos várias pessoas por puro prazer e roubamos milionários.

Antes de chegarmos fomos surpreendidas pelo barulho de sirenes. Mika nos mandou correr.

- Nós não iremos sem você! - Falou Jennifer, eu assenti, não iríamos deixa-la.

-Não se importem comigo! Sei me cuidar! Você não é a minha mãe, Jennifer. Vão logo! AGORA! - Deu ênfase no "gritou" e se virou, sacou a arma e sai andando com ela tranquilamente.

Eu já iria protestar, mas Jennifer me puxou pelo braço e começamos a correr. Antes de virar a esquina, eu apenas me lembro de ouvir dois tiros e um grito de horror de Mika, lágrimas surgiram em meus olhos, eu havia perdido mais uma pessoa importante na minha vida.

Eu não tinha forças para correr, por isso Jennifer me puxava, mas estava cansada e desacelerando. Até que me encontro em uma praça, ela estava vazia. Jennifer e eu sacamos nossas armas e miramos nos policiais que vinham agora em nossa direção. Ficamos parados esperando a reação deles. Até que sinto algo encostando em minhas costas, e me deparo com dois policiais, um com a arma nas minhas costas e o outro com a arma na cabeça de Jennifer.

- É o fim de vocês. - Falou um dos policiais chegando perto de nós.
- Cale a boca! - Gritou Jennifer e avançou no cara, mas este estava preparado. Mirou na cabeça na cabeça de Jennifer e atirou. Fiquei perplexa. Logo um ódio, tristeza e fúria me atingiram. Olhei para baixo e uma única lágrima solitária caiu e escorregou por minha face.

- Não! Não! NÃO! - Gritei, com fúria. Avancei para cima do policial, mas ele ficou surpreso, agarrei-lhe pelo pescoço e o joguei no chão. Eu estava tomada por puro ódio. Minhas visão escureceu, e eu sabia que eu iria matá-lo. Eu era um demônio, não podia ser controlada.

Quando eu finalmente acordei, me encontrei estendida na rua. Ao meu lado, o policial estava morto, com uma expressão de terror. Olho o céu, esta escuro, olho para o outro lado e me assusto. Outro policial estava me olhando com uma arma mirada à mim.

- Boa noite, cinderela. - Ele fala e atira. Minha mente escurece, tento lutar para abrir os meus olhos, mas eu não controlo mais o meu corpo. Até que desisto e deixou a morte te levar.

                                 . . .

Quando finalmente acordei, estava em um lugar todo branco. A minha frente estavam três pessoas, pareciam juízes, usando roupas formais. Olhei para os lados, e Mikaella e Jennifer estavam ali, elas vestiam branco, me encaram e depois desviaram o olhar.

- Mikaella Bonndier, Charlotte Williams e Jennifer Hope, olhem para cá! - Fala um voz alta o bastante para me ensurdecer.

- Meu nome é Jennifer Lilith! Não Hope! Que droga!

- Silêncio! - Ele fala, e logo tem uma mordaça na boca de Jennifer, impedindo-a de falar algo. - Continuando. Vocês três foram muito perversas durante a vida, matando pessoas e roubando. Isso é imperdoável, e o próprio Deus, nos mandou puni-las! Por isso, vocês irão para o inferno!

- Er... Só uma pergunta. O Diabo é perverso demais? - Mika pergunta, ingênua. O homem da um sorriso macabro e responde:

- Você não imagina o quanto.

Olho para as minhas amigas, preocupada.

- E é isso. - O homem sorri e estende a mão para nós.

Da mãe dele surge um sombre preta e ela parece estar nos sugando. Jennifer foi a primeira a ir, depois fui eu e por último Mikaella. De repente, começamos a cair. Eu não estava com medo, apenas comecei a reparar nas coisas. O vento era frio e cortante. Eu sentia vários arranhados em minha pele, e quando eu olhava para onde estava sentindo os arranhões, simplesmente desaparecia.

Olhei para baixo, e de um lado tinha uma ilhota pequena e ao seu lado, apenas para compensar, um ilha enorme, com várias árvores, uma verdadeira floresta. Mas, não sei se é sorte ou azar, íamos em direção ao rio que ali existia. Esse era o inferno? Ele era horrível... Bem parecido comigo.