- Pela quinta vez eu estou de mudança
Não entendo
o motivo de nos apaixonarmos. Sinceramente, eu entendo que tudo isso é uma
coisa natural e que todos irão ter de sentir um dia, mas eu simplesmente não
aceitava esse fato da vida. Hoje seria a quinta vez que me mudo de uma cidade
para outra. Dessa vez, não me mudaria para mais uma cidade do meu país de nascença,
mas sim, um país no qual eu nunca estive e eu até semana passada pensava que
nunca iria conhece-lo. Pelo que todos contam, Londres é uma maravilhosa cidade,
mas seria doloroso dizer Adeus para futuros amigos e amores que eu terei lá.
Pela primeira vez em toda a minha vida veria a branca e gelada neve e não terei
que reclamar todos os dias por conta do sol quente. Felizmente, isto era um
fato no qual eu não teria mais com o que me preocupar por um tempo
indeterminado.
Sentei-me
na grama do apartamento onde até amanhã eu irei morar. Depois, nunca mais o
veria, o que era bastante provável. Sentada, vi as minhas vizinhas, algumas
chatas e insuportáveis, outras nem tanto e as duas que eram minhas únicas
amigas, por parte de garota. Sempre tive amigos homens, pois sempre era exilada
pelas outras garotas e os meninos eram minha única companhia. Talvez esse seja
um dos motivos de eu não usar roupas adequadas para uma garota da minha idade.
A maioria das meninas gostam de um salto e uma boa maquiagem no rosto, já eu
não, prefiro tênis e o rosto de seu jeito natural.
Não sabia
se eu teria uma vida melhor em Londres ou seria pior do que aqui. Ah, mas que
modos! Me chamo Kelsey Hayes. Para uma brasileira, meu nome não é comum. Isso é
pelo único fato de que eu tenho parentes americanos, apenas nasci e vivi no
Brasil. Mesmo tendo parentes americanos, nunca tive contato com eles e apenas
os vejo por webcam. Nos tempos de hoje, todos foram para Londres, e
provavelmente eu os encontre por lá.
Cansada de
ficar sentada, me levantei e voltei para a meu apartamento. Sentiria falta
daquele apartamento, mas creio que a minha nova casa será melhor. Era um
apartamento simples, mesmo minha mãe e meu pai terem dinheiro o suficiente para
comprar um apartamento um pouco mais luxuoso. A humildade deles é tanta que
sempre que podem doam comida e um pouco de dinheiro para orfanatos e moradores
de rua. Cresci cercada de humildade e vendo a realidade do mundo. Era horrível!
Mas se existissem mais pessoas como meu pai e minha mãe, o mundo seria melhor.
Claro que existem. Mas eu desejo que tenha mais pessoas caridosas e humildes.
- Kelsey?
Onde você estava? –Ouvi a voz de minha mãe assim que iria entrar em meu quarto.
- Estava no
jardim e estava indo para o meu quarto arrumar minhas maças. –Disse subindo as
escadas. Embora fosse um apartamento, o mesmo tinha dois andares.
- Esteja
acordada às cinco da manhã. O nosso voo partirá às seis e não podemos perder! –Assenti
com a cabeça e subi diretamente para o meu quarto.
Ao entrar,
peguei a minha mala que estava embaixo de minha cama e comecei a colocar minhas
roupas e peças íntimas na mala porte médio que eu tinha. Eu não tinha tantas
roupas, mas era o suficiente para caber em uma mala e meia. Enquanto arrumava
tudo, pensava no que poderia me acontecer. Eu realmente espero ficar lá durante
anos, quero aproveitar cada momento e quem sabe, descobrir como é essa
babaquice de paixão. Ok, eu sou uma pessoa bastante bipolar! Mesmo achando ridículo,
eu desejo saber o que é, mas sei que talvez eu possa sofrer com isso.
Deixei
esses pensamentos de lado logo depois de arrumar a minha mala. Deitei em minha
cama e coloquei meus fones de ouvido. Com aparência de roqueira e modos de uma
pessoa simpática. Acontece que eu não tenho um estilo definido, tenho o meu
próprio estilo. As pessoas gostam de julgar pela aparência, e não pelos seus
atos. E por eu me vestir como uma maloqueira, as garotas me ignoram e me veem
como uma aberração. Senti meus olhos ficarem pesados e dormi em um sono sem
sonhos. O que era raro.
- Kelsey?
Kelsey acorde! –Acordei com a doce voz de minha mãe. Abri os olhos e percebi
que já era de noite, talvez de madrugada, não sabia ao certo. Levantei-me devagar
e coceis meus olhos, logo acostumei-me novamente com a luz do meu quarto. Tenho
de pedir a minha mãe para trocar a lâmpada do meu mais novo quarto, caso a luz
seja forte como esta.
- Que horas
são?
- São sete
da noite! Venha, você tem que comer alguma coisa!
- Não seria
mais fácil a senhora trazer um mingau para mim? Que nem quando a senhora fazia
quando eu era criança.
- E a
senhorita não acha que é muito grande para mim vir trazer mingau para você? Na
sua idade, os outros adolescentes sentiriam vergonha de ainda tomarem mingau
trazido pela mãe.
- Mas
acontece que eu não sou como todos os outros adolescente. A senhora mesmo falou
isso!
- Mas não
vou trazer mingau coisíssima nenhuma!
- Por
favor! –Fiz um biquinho e minha mãe riu.
- Não, não
tem a massa! –Bufei. – Mas venha jantar! Fiz frango assado ao forno. Do jeito
que você gosta.
Saí de
minha cama e fui com minha mãe até a sala de jantar. Meu pai já se encontrava
lá e já estava saboreando a deliciosa comida que a minha mãe faz. Sentia inveja
de seu prato, ele três vezes maior que o meu e o tanto da comida era o triplo
do que eu como. Mesmo comendo muito, eu não aguentaria, e não quero estragar
comida. Sentei-me na mesa e minha mãe colocou a minha comida. Então quer dizer
que ela se recusa de fazer um mingau para mim mas ainda coloca a comida para
mim? Ah fico feliz em que seja assim! Pelo menos não tenho que me levantar para
alcançar a feijoada que estava no canto da mesa de seis lugares. Para uma casa
que têm somente três pessoas e um cachorro era exagero. Mas para mim não
importava, e sim a comida!
Logo depois
de comer, fui até a geladeira e coloquei em uma tigela uma torta de coco com
chocolate que eu simplesmente amava. Ainda tenho de pedir a minha mãe a receita
para mim um dia fazer para meus amigos experimentarem. Mas nunca trocarei o
brigadeiro. Sempre que estou com tédio, eu faço o suficiente para mim e como
escutando rádio, principalmente quando toca músicas lentas. Isso é relaxante!
Fui tirada de meus pensamentos quando meu tio e sua esposa entraram em casa,
sem bater na porta. Era sempre assim, e eu não me importava com isso.
- Hum...
Parece que tenho uma sobremesa para roubar da geladeira! –Disse meu tio, me
provocando, como sempre.
- Nem
pensar! Se quiser será só um pouco e ainda com um pouco de ciúme –Ele riu junto
de sua esposa, Eva.
- Deixe a
menina em paz, Franco! Será que quando ela já estiver casada e com filhos você
ainda vai continuar a insultando? –Brincou Eva.
- Mas é
claro! Acha que só por que estará crescida que eu vou deixar de irritá-la assim
como as primas dela?
- Não se
preocupe, eu já estou bastante acostumada com isso.
Subi para
meu quarto novamente e fui logo ligando meu notebook. Entrei em meu facebook
apenas para passar o tempo. Realmente, ele estava cheio de novidades. Vi as
fotos das férias dos meus amigos e sorri ao ver que todos estavam se divertindo
assim como eu. Fiquei triste ao ver o ex-namorado da minha amiga já ter outra
em menos de um mês. E pelo que eu fiquei sabendo, ele já tinha um caso com ela
enquanto namorava ela. Hoje em dia alguns homens não prestam, mas não deixo de
aguardar o meu cavalheiro e ao mesmo tempo odiando esse fato que um dia
acontecerá em minha vida. Nem eu mesma me entendo. Uma hora digo que quero ter
uma paixão e outra hora digo que odeio. Por que eu tenho que ser tão complicada
comigo mesma?
Suspirei e
continuei olhando meu facebook. Algumas pessoas falavam comigo e eu respondia,
mesmo não querendo conversar. Peguei meu celular e fui procurar algumas músicas
para passar para ele, eu gosto de enche-lo de músicas novas e viciantes; Meu
pai e minha mãe tem agonia desta minha mania. Sempre me dão bronca por passar
quase o dia inteiro com fones de ouvido. Eu nem ligo muito para isso, pois sei
que um dia terei problemas de audição quando for bem velhinha.
Desliguei o
notebook e voltei para o primeiro andar do apartamento. Sentei-me no sofá e não
deixei de ouvir meu tia e ‘tia’ comentando com meus pais que toda a nossa
família que estava morando aqui no Brasil iria para Londres também. O que
significava que toda a família estaria reunida novamente. Gringos e Brasileiros,
será que daria certo isso? Pela segunda vez hoje, meus pensamentos foram
interrompidos pelo meu tio.
- Kelsey,
seus primos disseram que fizeram novas amizades e que provavelmente irá gostar
de conhece-los. Então, vai querer se enturmar com eles ou por si própria?
- É, é
melhor do que ficar sozinha!
Bem, desculpe pela confusão que ouvi nos dias anteriores. Eu estava arrumando umas coisinhas e tive que fechá-lo por 48 horas. Bem, esse layout foi feito pela Laryssa, a mesma que fez o layout anterior. Créditos a ela! Bem, eu não tinha nada pra fazer e não estava com vontade de terminar o capítulo de Aquela Coisa. Então decidi fazer uma Longfic e vocês irão ficar sabendo quem é o personagem principal ao decorrer dos capítulos Não sei se algumas já leram, mas mesmo assim vou falar. Se você já leu ou está lendo assim como eu o livro A Maldição do Tigre irá perceber que o nome da personagem da fanfic é o mesmo da personagem do livro. Acontece que eu simplesmente gostei do nome e decidi colocá-lo já que não tinha uma ideia para o nome da personagem. Eu fiz a capa da fanfic, queria que ficasse parecido com um livro. Eu estava vendo um livro do Nicholas Sparcks -Não sei se tá certo- e vi que as capas de seus livros eram mais ou menos assim. Me inspirei nelas e fiz. Também inventei uma editora, ficou até engraçado. O que acharam da Editora 1D? Eu não sei onde eu tava com a cabeça para fazer isso. Mas, o importante é saber se vocês querem que eu continue essa Longfic. Aguardo seus comentários. Tchau!
Nem fez o primeiro cap. ainda e jah to amando continua, e cara serio a maldição do tigre eu amo esse livrooooo
ResponderExcluirby:Duda
rsrsrs o próximo já esta sendo escrito. E eu tenho que concordar com vc. Eu tbm amo a maldição do tigre, é um dos meus livros preferidos.
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