Acordei com uma dor de cabeça
anormal. Percebi, com um susto, que estava em uma maca. Havia apenas um fino
lençol me cobrindo. Estava em uma sala branca, com o símbolo da D.C., que era
apenas um círculo em chamas... chamas verdes.
Me sentei, meus músculos e membros
estavam um pouco dormentes, minha visão ficava embaçada e a dor de cabeça me
fazia querer sair berrando. Tentei me levantar mas, com um suspiro triste,
percebi que não podia; uma corrente estava presa no meu pulso esquerdo.
Fiz uma careta e puxei o meu pulso,
mas como já de se esperar, a corrente não se rompeu.
Eu tinha que saber do por quê de
estar aqui, como eles descobriram que estávamos em Donksville, o que querem
conosco e como estavam o resto do meu grupo.
Eu sou uma decepção. Isso mesmo: uma
decepção. Meu pai me colocou como capitã deste grupo de resgate e eu falhei.
Allie morreu, ela não pôde cumprir a sua promessa. Metade dos sobreviventes
desapareceram e, provavelmente, estão mortos. E, por fim, e a pior parte de
todas (não que as outras não sejam), acabamos capturados pela D.C.
Caí da maca, a corrente fez cortes e
meu pulso começou a sangrar, ignorei. Cerrei o meu punho direito e soquei
fortemente o chão. Meus olhos ardiam e eu gritava, não podia mais aguentar.
Continuei socando o chão, minha pele descascava, minhas juntas estavam
doloridas e duras, a cada soco a corrente puxava mais e mais. Meu pulso
esquerdo sangrava muito e eu sentia uma dor descomunal. Mas, por incrível que
pareça, eu não sentia tanta dor fisicamente quanto sentia espiritualmente e
mentalmente. Eu queria gritar palavras que fariam um ser sã consciência tapar a
minha boca e depois lava-la. Francamente, eu sou uma decepção. A maior de
todas, se duvidar.
Parei de socar o chão e de puxar o
pulso esquerdo quando ouvi o som de trancas sendo abertas.
Olhei para a porta, as lágrimas ainda
desciam e eu estava quente de raiva.
A porta foi aberta com um ruído
irritante. Uma mulher muito bem vestida e com um semblante irônico entrou na
sala. Minha primeira reação foi me levantar e tentar ataca-la. Para o meu azar
e sorte, a maca estava presa no chão e a corrente era resistente. Azar pois eu
não pude pegar aquela mulher e estraçalha-la tamanha a raiva que eu estava. E
sorte pois dois homens estraram armados e miraram suas armas em mim. Parei na
hora e caí no chão. A corrente soltou um estalo e eu urrei de dor. Voltei para
perto da maca e tentei não me mover mais.
– Parece que está perdendo o bom
senso. – a mulher se aproximou e ficou à uma distância segura. Ajoelhou-se e
olhou para o chão, onde a marca dos meus dedos ensanguentados jaziam. – Isso é
o que acontece com a maioria das pessoas que ficam presas nessas salas. – abriu
as mãos e sorriu, vitoriosa. – É por isso que as pessoas temem diante a Dead
Corporation!
– E é isso que você quer? –
perguntei, olhando-a de cima a baixo. A mulher tinha longos cabelos castanhos e
olhos pretos. Usava uma calça de couro preta, uma blusa de veludo verde musgo,
um casaco fino de seda vermelha e um salto médio preto. – Quer ser temida por
todos?
Ela riu e respondeu, como se fosse a
coisa mais óbvia de todas:
– Sabe, vou te contar uma coisa. Mas
isso, é claro, se você não tentar me matar. – a olhei novamente e ela suspirou,
entediada. – Vamos lá, vamos lá.
– O que aconteceu com os meu amigos e
os sobreviventes? – perguntei, direta.
– Ah, eles? – ela fez um gesto que indicava
desdém – Eles estão presos, mas não se preocupe. Todos estão vivos. – suspirei
aliviada – Agora – ela se levantou –, quando você se acalmar, estarei aqui de
volta, até lá, tente não se soltar mais dessa corrente. Está sujando tudo de
sangue.
E então, graciosa como entrou, a
mulher saiu da sala e pude ouvir a porta sendo novamente trancada. Suspirei,
quando isso iria acabar?
Levantei-me, meu pulso voltou a
latejar, talvez devesse fazer o que ela havia me dito. Não que eu me importasse
se ela a sala estava suja ou não do meu sangue, mas sim porque o meu pulso doía
e eu não estava afim de torce-lo por força-lo à toa.
Voltei a me deitar na maca e
suspirei. Eu tinha que me acalmar e tinha que pensar em um método de sair dali.
Se eu tivesse ao menos alguma dica...
– Acorde. – um mão bateu levemente na
minha bochecha. Franzi o cenho e murmurei algo incompreensível. – Vamos, acorde
logo.
Fiz uma careta e abri os meus olhos
levemente. Minha visão ficou embaçada por alguns segundos e depois entrou em
foco, me peguei encarando um par de olhos negros como ébano.
A mulher se afastou e sorriu.
– Finalmente. Pensei que tivesse
morrido. – me senti na maca e percebi, com muito alegria, que meu pulso não
estava mais preso na corrente, o peguei e massageei, ainda saía um pouco de
sangue, mas a dor era suportável. – Se acalmou?
Não respondi a sua pergunta, mas
perguntei:
– Quanto tempo eu dormi?
– Se acalmou? – ela perguntou
novamente, seu sorriso havia sumido. A encarei, sem nenhuma expressão, apenas
balancei a cabeça positivamente. – Que bom. – ela veio na minha direção, me
encolhi, mas ela não encostou em mim, em vez disso, apenas se sentou na ponta
da maca – Vou te contar o porquê de eu querer ser temida do que “amada”. Sabe,
Catarina...
– Como sabe o meu nome? – a
interrompi bruscamente, ela me mandou um olhar macabro.
– Não me interrompa, garota! – parece
que sua paciência estava se esgotando. – Bom, aonde eu parei? Ah, sim. Sabe,
antes de tudo isso começar, antes de terem descoberto o T-Vírus, isso mesmo,
descoberto, os cientistas nunca criaram e nunca criariam algo como o Tyrant
Vírus, é algo complexo demais. A sociedade nunca viveu em paz. Mesmo depois
dessas malditas guerras, nós nunca entramos em paz completamente.
“Um dia, eu acho que eu tinha apenas
uns doze anos de idade, eu sei, bem nova e há muito tempo, eu gostava de ver e
pesquisar coisas novas, descobrir e aprender coisas novas, principalmente
científicas. Eu já cheguei a achar que a ciência nos salvaria, eu estava
errada, muito errada. Um dia eu vi num site o que muito cientistas achavam que
seria o fim do mundo. Tinham opiniões muito diferentes e isso me irritava, por
que não chegavam a um censo comum?”
“Eu era medrosa naquela época e
quando li aquilo, quase morri, literalmente. Na minha opinião, as piores
suposições de como o mundo iria acabar eram: por meio de um asteroide que
atingiria a terra, extinção em massa, guerras descontroladas, camada de ozônio
e... e vírus. Não digo piores por serem ideias tão absurdas a ponto de nunca
acontecerem, não, digo as piores ideias pois eram as mais assustadoras.”
“Eu achava que o mundo acabaria em
guerras, os humanos já estavam acostumados com aquilo. Mas quando eu vi o
primeiro morto-vivo na minha frente foi devastador, foi brutal. Pela primeira
vez, eu fui uma pessoa boa o suficiente para querer que os meus familiares
morressem e nunca me vissem morrer, mas não foi bem assim. Eu tive que mata-los, Catarina. eu apenas matei o
que já estava morto, não sinto remorso por isso.”
“Naqueles tempos apenas uma pequena
vila no Ártico havia sido atingida pela epidemia, era como chamavam os
cientistas após descobrirem sobre o caso. Eu morava nessa vila, Catarina. sabe
o quão difícil foi sobreviver? Ver os seus familiares morrerem na sua frente e
você ali, parada, sem poder fazer nada. Era algo deprimente, mas feliz. Isso é
estranho, eu acho que sou a única pessoa que sente o prazer em matar. Eu não
acho isso bom, não, pelo contrário. Mas eu não consigo parar isso, sabe? É a
lei da vida, já ouviu falar? O mais forte sobrevive, o mais fraco morre. Mas o
problema é que dali para frente não teria mais o forte e fraco, teria o esperto
e o morto.”
“Nessa época você mal era nascida,
Catarina. Depois de anos é que o mal se alastrou pelo mundo, foi nessa que
época que sua mãe morreu. Que a minha irmã morreu, Catarina. Você entende isso,
não entende? Você não deve estar entendendo. Deve estar se perguntando: ué,
aquela mulher não estava explicando que era melhor ser temida do que amada? Por
que ela está falando a história da vida dela? Lhe respondo, é bem simples. A
partir do momento em que matei o meu pai, que foi, infelizmente, o primeiro
errante, eu decidi que tinha que lutar para mim e apenas por isso.”
“A diferença entre ser temida e ser
amada também é algo fácil de se responder. Quando você é amada, você é
bajulada, fazem o possível e o impossível para te satisfazerem, é o caso de
famosos e aqueles astros de Rock. Isso me irrita profundamente. Mas quando se é
temida, ah, você pode sentir o gosto da vitória. Quando você é temida, não tem
que se submeter a ninguém e todos morrem de medo de ti, fazendo o que você
quer. Existe também uma diferença clara entre bajular e obedecer. Bajular é
algo que você faz por livre e espontânea vontade, mas não recebe nada em troca,
nem a mínima consideração. Mas quando é uma ordem, você submete outras pessoas
a sua vontade, e o que elas ganham? A vida. É isso que acontece aqui, Catarina.
aqui é como um formigueiro. Eu sou a rainha e esses homens são apenas os meus
operários, eu mando e desmando. Isso é ser temida.”
Ela termina de contar, mas eu ainda estou
perplexa demais para perguntar ou falar, então apenas a olho com incredulidade
total.
– V-Você está mentindo! – falo, a voz
falhando.
– Sobre ser temida? Não, acho que
isso já ficou bem claro.
– Não é isso! Não se faça de sonsa!
Você... você não é irmã da minha mãe, não pode! Ela nunca falou de você, é
mentira!
– Mas é claro que ela nunca falou de
mim, Catarina. – ela riu debochada – Ela mal sabia que tinha uma irmã.
– Não sabia? – perguntei, confusa.
– É claro que não, meu pai, seu avô,
teve outro caso quando se separou de sua avó. Eu nasci desse caso.
– É... é coisa demais para a minha
cabeça, pare!
– Você é quem sabe.
– Pare, pare! – comecei a gritar.
Minha cabeça doía, minha visão escureceu e eu tombei na maca. Minha mente se
apagou e eu caí no segundo pior mundo, vulgo, o mundo dos pesadelos.
Nã nã
nã...
Eu ouvia
essa música enquanto chorava, por que? Por que? Deixe-me explicar.
Era um
dia comum, o céu estava claro, poucas nuvens se formavam, o sol estava ameno,
não tão forte e não tão fraco. Uma brisa suave vagava pelo local, consigo
levando um cheiro ruim, cheiro de sangue e algo podre. Eu estranhei.
Na hora
eu estava no quintal da minha casa cuidando das flores e das plantas. Minha mãe
estava ao meu lado, apreensiva e com uma expressão nada boa. Ela olhava ao
redor de um modo calculista.
O
incrível era que, mesmo o dia estando lindo, a nossa casa e o céu eram as
únicas coisas que eu via. Uma neblina densa e mal cheirosa não me deixava olhar
a vizinhança ou o centro comercial ali perto.
– Mamãe,
o que está acontecendo? – perguntei,
sem entender porque ela me puxou rapidamente para dentro de casa. Ela parou e
me olhou, ela devia achar que eu era idiota ou era imatura, ainda a chamava de
“mamãe”, apesar de ter 14 anos.
– Catarina...
posso te falar uma coisa?
–
Claro, mamãe.
– Eu
te amo, saiba disso. Suba e diga para o seu pai que aquilo aconteceu.
– O
que aconteceu? O que significa “aquilo”, mamãe? Me responda! – eu já chorava naquela hora, ela apenas
sorriu, o mesmo sorriso que dava quando eu estava com medo e me deu um beijo na
testa.
– Dias
melhores virão...
– Dias melhores virão... – eu
resmungava. Tomei um susto e me sentei com um sobressalto na maca. – Dias
melhores virão... – repeti e suspirei. A maior parte dos meus pesadelos
envolvia o dia em que minha mãe havia morrido e virado um daqueles errantes. Eu
não aguentava mais isso. Se um dia eu encontrasse a minha mãe, eu pediria
perdão. Por tudo.
– Essa frase é bonita, Catarina. – a
voz daquela mulher irrompeu a sala. Virei assustada em direção ao som.
– Você fica me observando enquanto eu
durmo? – perguntei, irritada.
– Não. Eu queria lhe dar uma notícia
boa, apenas.
– Notícia boa? Ah, deixe-me
adivinhar. Você vai me libertar. – falei debochadamente.
– Sim.
– O que?
– Eu vou te libertar. – ela bateu a
mão na porta e um homem entrou com uma sacola. – Leve isso como um favor que
estou fazendo para a sua mãe. Ela era minha irmã, afinal.
– Você não a conheceu!
Ela me olhou com raiva.
– Te darei cinco minutos. Não posso
dar mais, tenho que buscar os seus... amigos – ela quase engasgou com a palavra
“amigo”, como se fosse uma espinha presa em sua garganta e saiu da sala.
Abri a sacola, dentro havia o meu
uniforme da Alfa e as armas que estavam comigo na hora em que fomos capturados.
Minhas duas adagas, a pistola e as duas metralhadoras. E as munições.
Estranhei, mas vesti a roupa. E se
fosse uma armadilha? Mas se fosse, por que eles me devolveriam ar armas? Isso
não tinha importância agora, deveria terminar de me vestir.
Terminei de me vestir e prendi as
armas em seus devidos lugares.
Ouvi duas batidas na porta e, em
seguida, a mulher entrou.
– Não iria esperar mais, ainda bem
que está pronta. Siga-me.
Apenas assenti e a segui para fora da
sala. Ela estava sozinha, mas percebi que não estava desarmada e estava com uma
roupa diferente agora.
Usava um short não tão curto preto,
blusa de couro preta, com o símbolo do D.C. atrás e uma bota preta. Tinha duas
pistolas presas na cintura, uma de cada lado, e uma katana nas costas. A katana
era muito bonita, dava para perceber. O cabo era ornamentado em ouro e pedras,
mas tinha couro também e parecia bem confortável de se segurar. A lamina
brilhava e estava bem afiada.
– Está me encarando.
Olhei o seu rosto, mas nada disse e
ela sorriu, se virou novamente para a frente e virou à esquerda.
– Chegamos.
Ela estava em frente à uma porta,
essa era diferente, era de metal e poderia passar umas cinco pessoas alinhadas
ao mesmo tempo.
Ela abriu a porta e um vento forte me
atingiu, junto com ele veio a areia, o pó e alguns galhos e folhas.
Quando o vento cessou um pouco, tirei
os meus braços que estavam em frente ao meu rosto em forma de proteção e olhei
o lado de fora, sim, lado de fora.
Um helicóptero batia suas hélices
agora vagarosamente. Sky, Ross e Daniel conversavam de um lado, todos com os
uniformes da Alfa. Os sobreviventes, Kim, Jake, Justin, Megan, Phoebe e Claire
de outro.
– Catarina... – Sky foi a primeira a
me notar e sorriu, como se não me visse a séculos. Ela veio na minha direção e
seu sorriso se alargou, eu estava sem reação. Ela jogou os braços ao meu redor
e me abraçou fortemente, quase fiquei sem ar – Nunca mais nos preocupe.
– Sky... – sorri em mente e ela me
soltou – Obrigada.
Ela apenas sorriu e eu olhei a mulher
que, estranhamente, fitava o céu como se tivesse visto algo muito estranho, ela
percebeu que eu a estava encarando, novamente, e me olhou. Seu semblante era
sério.
– Vocês podem entrar no helicóptero.
– eu já ia me virando, quando a mão dela me agarra pelo pulso direito e eu me
viro – Espere um pouco.
Assinto com a cabeça e todos entram
no helicóptero, que era preto e verde, com o símbolo da D.C. do lado.
– Quando você encontrar novamente ao
seu pai, fale que me encontrou. – ela pegou a katana e me estendeu – Um
presente meu para você. Aliás, meu nome é Annie. – ela sorriu e se virou, me
deixando para trás e entrando novamente na sede da Dead.
Minha cabeça girou, mesmo que eu
dissesse que nunca minha mãe havia falado dela, eu tinha me enganado. Eu e
minha mãe sabíamos dela. Sabíamos que ela era a minha tia. Sabíamos do porquê
de eu nunca tê-la visto. Sabíamos quem era
Annie Côrdeza. Minha mãe sabia
que era a Judith Côrdeza. Eu sabia que
era a Catarina Côrdeza.
Eu iria encontrar essa mulher
novamente, eu iria encontrar Annie novamente. Ela me devia muitas explicações.
Pois agora eu sabia, bem nessa hora eu me toquei. Todas aquelas mortes, toda a
minha culpa, aquilo não era de todo verdade, mas não chegava a ser uma mentira.
Annie parecia ser uma pessoa normal,
uma sobrevivente em um mundo pós-apocalíptico, mas essa não era a verdade.
Annie, minha tia, irmã da minha mãe, nunca foi e nunca será um pessoa normal.
Annie Côrdeza era um monstro. E dos
piores tipos.
– Catarina! – ouvi a voz de Ross e
Megan em coro me chamando. Me virei e dava uma risada, enquanto via Ross e
Megan fazerem uma cara feia um para o outro.
– Estou indo! – falo e vou correndo,
subindo no helicóptero e me sentando entre Jake e Phoebe. Jake parece não gostar
pela cara que fez, mas como não tem como dizer não, por todos os outros lugares
estarem ocupados, apenas aceita com uma careta. Phoebe, ao contrário, sorri e
estende um cobertor à mim.
– A viagem vai ser longa. Pararemos
duas vezes no caminho. – estendeu seu sorriso e me cobriu, como se fosse a
minha mãe.
– Obrigada.
– Phoebe – Jake falou, fechando os
olhos e cerrando os punhos –, não seja tão gentil, você mal a conhece.
– Eu fui gentil com você quando não
te conhecia direito, Jake. – Phoebe ficou séria e lhe estendeu um cobertor, ele
o aceitou, mesmo fazendo birra. – Agora, descansem. Mais tarde conversamos.
Suspirei, isso foi muito estranho. Me
recostei no banco e me cobri direito. olhei o teto do helicóptero e cocei a
cabeça. Minhas pálpebras pesaram e eu fechei os olhos.
Suspirei novamente e, em seguida, já
havia caído em um sono profundo.
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