O sol estava se pondo, o
que indicava que o baile de máscara na mansão da família O'Brien. Cora
arrumava-se para a festa, estava muito mais animada para poder rever o
namorado. Imaginava como estaria a decoração, certamente estaria impecável,
assim como Helena O'brien, dona da mansão e mãe de seu namorado. Usava um
vestido tomara-que-caia roxo no qual ia até a metade de sua coxa. Os olhos
azuis estariam destacados pela maquiagem e pela máscara rosa, laranja e amarelo
que usava. A máscara tinha fitas laranja ao lado, e uma flor vermelha mais
acima. A cor amarela começava a escurecer e a tornar-se laranja, assim como o
laranja também começava a escurecer e se tornar, enfim, rosa.
Os sapatos de salto alto
vermelho a deixavam mais alta do que desejava, mas estava contente em pensar
que não estaria tão baixa perto de Dylan.
Era aniversário de Júlia
O'Brien, irmã mais velha de Dylan. Era uma mulher no qual estava completando
seus vinte e cinco anos. Era definitivamente uma mulher, prestes a casar-se com
o homem de sua vida. Seu noivo se chamava Charles Campbell, experiente em
medicina e completamente apaixonado por Gemma. Cora sempre dizia que eles eram
o tipo de casal clichê. Sempre se elogiando e trocando carinhos.
— Já está preparada? — O
pai de Cora perguntou-lhe.
— Sim. — Ela respondeu —
Vamos?
***
As pessoas conversavam
entre si e comentavam sobre como Helena O'Brien tinha bom gosto. Helena adorava
Cora, dizia que seria uma ótima mãe e a nora perfeita. A loira sempre ficara
envergonhada com os elogios da sogra, mesmo adorando os elogios, dizia que não
precisava elogiar tanto, pois tinha medo que isso pudesse fazer com que ela se
tornasse uma pessoa exibida.
— Vamos falar com a
aniversariante? — Dylan perguntou.
— Eu estava mesmo indo lhe
pedir para falarmos com a Gemma.
Dylan e Cora também eram
motivo de algumas piadinhas de Charles. Dizia que eles eram o tipo de casal
rebelde, já que sempre que podia, Dylan fugia de casa e ia encontrar Cora em
algum lugar de Salem.
Gemma estava colocando a
sua máscara quando surpreendeu-se quando Cora abriu a porta de seu quarto usando
um vestido tomara-que-caia. Ela odiava vestidos assim, pois sempre ficava os
levantando enquanto jurava que eles estavam caindo. As duas abraçaram-se, eram
grandes amigas desde quando Gemma defendeu Cora das líderes de torcida –no qual
Gemma também fazia parte–. Depois deste dia, elas se tornaram grandes amigas.
— Achei que não viria! —
Gemma disse.
— Acha mesmo que eu iria
perder essa oportunidade de ver você fazendo um aniversário de vinte e cinco
anos como se tivesse quinze?
— Gosto de festas assim. —
Gemma confessou — Vamos descer?
— Vai mesmo me fazer
descer essas escadas novamente? — Dylan queixou-se.
— Você é mesmo um idiota!
— Gemma revirou os olhos enquanto puxava o irmão para sair de seu quarto
enquanto Cora falava como tudo estava lindo.
As pessoas dançavam
conforme o ritmo da música. Todas mascaradas, irreconhecíveis. Cora tomava um
copo de ponche enquanto conversava com Charles sobre plantas medicinais. Não
planejava ser médica como o amigo, mas se interessava em saber sobre medicina,
e sempre que podia, perguntava à Charles sobre o que tinha dúvida.
Mais adiante, estava Dylan
conversando com sua mãe. Cora ria conforme ele falava com Helena, parecia uma
criança implorando por um brinquedo novo. Despediu-se de Charles e foi falar
com o namorado que falava com a mãe sobre um possível casamento com Cora, o que
a fez surpreender-se. Não sabia se Dylan estava brincando ou realmente falava
sério, mas ficava feliz em saber que ele falava sobre casamento.
— Dylan? — Ele a encarou —
Vamos para o jardim?
— Não está gostando da
festa?
— Sim, estou. Mas você
sabe que eu gosto de um pouco de ar livre.
— Certo. — O garoto disse
— Mãe, volto logo!
As plantas do pequeno
labirinto no jardim da mansão eram tão verdes que faziam Cora achar que eram de
mentira, mas eles eram bem reais. Helena adorava plantas, por isso sempre as
cultivou bem em seu enorme e espaçoso jardim. Dylan e Cora andavam pelo local
de mãos dadas e de vez em quando trocavam demorados selinhos. Cora assustou-se
quando o namorado a puxou para um beijo mais intenso. As mãos de Dylan largaram
as mãos de Cora e segurou a sua cintura com delicadeza, como se apertasse mais
um pouco iria quebrar a delicada Cora. A loira adorava os beijos de Dylan,
especialmente quando logo após o beijo Dylan começava a dar delicados selinhos
em sua bochecha, como fazia agora.
— Está com fome? — Dylan
perguntou à Cora quando ouviu a barriga da mesma implorar por comida. Não tinha
comido desde o almoço, estava ansiosa para vê-lo depois de uma semana da viagem
que fizera para Nova York. Cora assentiu — Quer que eu traga alguma coisa?
— Eu adoraria que
trouxesse um sanduíche.
— Sanduíche vai fazer você
ficar satisfeita? — Ele sabia que no fundo Cora não queria engordar. Quando a
conheceu, sofria com anorexia e resolveu ajuda-la. Foi assim que ele começou a
apaixonar-se pela sua loirinha, como costumava chama-la — Sabe que
precisa de uma boa alimentação, querida. Sente-se aqui! — Dylan apontou para o
banco ao seu lado — Vou trazer uma refeição digna para uma garota tão bonita
como você.
Cora via-o distanciar-se
aos poucos com um sorriso no rosto. Lembrar do beijo anterior a fazia ir ao
mundo da lua. Como podia existir um homem tão perfeito quanto Dylan? Ele era
real? Sempre fazia essas perguntas para si mesma quando ele lhe enviava uma
carta, um SMS, um gesto romântico ou quando se beijavam. Cora adorava como
Dylan a respeitava, não era apressado no relacionamento, e esperava o tempo que
fosse caso Cora não estivesse pronta para dar um passo adiante no
relacionamento dos dois.
Estava tão fora de si que
nem percebera que alguém estava ao seu lado, a olhando. Ao ver aquela pessoa
com um sorriso estranho no rosto, sorriu também. Cora não sabia que a sua vida
acabaria ali, e também nunca iria entender o motivo daquela pessoa querer mal a
ela. Olhou para as mãos da pessoa e viu que a mesma segurava uma arma. Seu
sorriso desapareceu no mesmo instante.
— O que pensa que...
Antes que pudesse dizer
alguma coisa, o barulho alto do tiro disparado fora ouvido por toda a
vizinhança. Assustando os convidados da festa no qual de início acharam que
seriam fogos, mas ao ouvir o grito desesperado de Cora correram para o local em
que o possível grito fora ouvido. Dylan não teve tempo de terminar de arrumar a
refeição da namorada, a notícia de que ouviram o grito da garota o fez correr
em direção ao lugar em que estava. Só pôde ver o corpo da menina jogado no chão
enquanto o sangue ainda saia de sua cabeça. Quem faria uma barbaridade dessa?
— Cora?
Já gostei da fic man, mas fiquei com do da Cora tadinha, mal começou a fic e a menina ja morreu. .. Continua curiosa p prox.
ResponderExcluirXxoxo Duda