2.28.2015

HS: O Baile



 A noite caía devagar no pequeno povoado de Shangri-Lá. Hoje era um dia importante. Era o aniversário da princesa Kalita, que completava 19 anos, e para comemorar tamanho evento um baile de mascaras foi pensado, todos do reino estavam convidados, até mesmo a estranha moradora da mansão Wisnter.

 Kalita estava em seu quarto olhando para o espelho, ela seria a futura rainha de Shangri-Lá. Sua empregada batia na porta.

- Princesa já está na hora de se arrumar, senão a Vossa Majestade chegará atrasada.

 Abrindo a porta a princesa falou:

- Uma princesa nunca chega atrasada, Diana, são os convidados que chegam mais cedo

 Uma leve risadinha emanou da empregada de cabelos brancos. Diana preparou o banho com água morna e flores de lis. Foi uma banho prazeroso e um poco demorado.

 Já com os longos cabelos marrons penteados a jovem princesa se aproximou do espelho e vislumbrou-se com seu magnífico vestido .

 - A Vossa Majestade está linda - exclamou Diana - Assim como Vossa mãe.

 Uma pontada de dor surgiu em seu peito, precisava superar a morte de sua mãe, mas não conseguia.

- Obrigada, Diana.

 Com a máscara posta na face delicada, abriu a porta de seu aposento e se dirigiu ao salão, foi anunciada por Klaus e desceu as escadarias de forma pomposa e sem nenhum tropeço, todos os presentes a aplaudiram assim que terminou de desce-las.

- Oi - diz um homem tocando-a o ombro

- Olá, pai. A festa está realmente bonita. - diz ela, abraçando-o

- Que bom que gostou, agora divirta-se - diz ele com um sorriso

 Ela vez uma breve reverencia e caminhou pelo o salão. Todos estavam lindos, luxuosos e brilhantes. Todos estavam ma peça que brilhavam como a lua, um diamante, ou como fogo, rubi, ou como verbena, ametista. Todos por quem Kalita passava desejava feliz aniversário.

 Continuava a caminhar pelo salão até que seus olhos foram desviados para um conhecido, com certeza era ele. Kalita sentia muita falta dele, seu melhor amigo. Havia conhecido ele em uma visita ao reino Stark, quando ela tinha dez anos, e desde de então nunca mais se separaram.

 Acelerou os passos e se aproximou do conhecido. Era ele!

- Thomas! - diz ela em um tom de voz elevado, chegando a parecer mais um grito

- Kalita! - diz o jovem rapaz

- Nossa! Você mudou! - diz a princesa, surpresa

- Você também.

 Eles riram.

- Venha, você tem que conhecer o reino. 

 Ela segurou a mão dele e o puxou pelo salão.

- Hã, pai, eu e o Thomas podemos andar pelo reino?

- Sim, mas volte antes da meia-noite, temos uma surpresa para você- diz o rei beijando a testa de sua filhinha.

 Ainda segurando a mão de Thomas, Kalita o guiou pela saída da sala e pelos grandes portões que protegiam o castelo.

- O reino expandiu desde a ultima vez que você veio aqui

- É, isso eu consigo ver. Não tinha aquela ponte ali. - diz ele mostrando a pequena ponte que levava para uma escura floresta.

- Se eu fosse você nem pensaria em adentrar lá, perdemos muitos homens, os que sobreviveram disseram que há uma criaturas horrenda com força superior há dez homens armados juntos.

- Isso era para me assustar?

- Isso é real, não estava brincando!

 - Calma, princesa.

 Kalita respirou fundo e continuou segurando a mão de Thomas e o guiou até a mansão Winster.

- Aqui está a mansão Winster ou, como é mais conhecida, a Casa Mal-Assombrada.

 Thomas riu.

- Ela sempre está em reforma?

 A grande mansão Winster era preta e com colunas com detalhes dourados.

- Sim. - respondeu Kalita, iniciando a história da casa - Após a morte de seu marido e filho, Sarah Winster (a esposa do filho do criador da adaga com veneno) consultou um vidente. E esse proclamou que sua família fora morta pelos fantasmas daqueles que morreram pelas facadas transferidas por usuários da adaga envenenada de Winster. O vidente sugeriu que apenas a construção permanente na mansão da família poderia acalmar os espíritos. Assim, ela deveria construir quartos para que os espíritos de luz permanecessem na casa, proporcionado a paz para que os barulhos cessassem. Mas nada disso aconteceu. Os barulhos continuavam a atormentar Sarah, que resolveu construir a casa até o fim de sua vida. A propriedade de 160 quartos é realmente bizarra. Escadas que não levam a lugar algum e portas que abrem para paredes. O chefe de obras chegava pela manhã e Sarah dava as instruções do que queria para o dia. E no dia seguinte ela poderia demolir o que foi feito no dia anterior e reconstruir de outra forma. Assim os espíritos poderiam ficar mais e mais confusos.

- Isso é bizarro!

- Eu sei! Vamos continuar o passeio e ... - Kalita fixou seu olhos em Thomas e percebeu cicatrizes. - Thomas - diz ela alarmada - O que houve? - aproximando-se de seu amigo

 - Stark foi invadida, entrei no exército. - Kalita estava despindo a blusa dele

- Você... você poderia ter morrido - ela estava assustada

 Thomas tirou um charuto do bolso e começou a fumar


- Thomas, não! - O pai de Kalita quase morreu por causa disso - Eu perdi minha mãe e não vou perder você. Por favor - disse ela esticando a mão para pegar o charuto


- Só mais uma tragada?

- Thomas...

- Por favor

- Thomas! - berrou Kalita

 Logo após o acesso de raiva da jovem princesa Thomas obedeceu-a murmurando algumas palavras obscenas.

- Mais alguma coisa que a senhorita queira me mostrar? - disse com  raiva o jovem rapaz.

- Sim, a Floresta Maldita, talvez? Caso você queira...

- Poucos minutos atrás você disse que não deveríamos...

- Está com medo? - diz em tom de zombaria a princesa

- Não, não, claro que não.

- Então vamos

- Seu pai disse que nós deveríamos voltar pro baile, além do mais é seu aniversário, você não iria gostar de passar seu aniversário adentrando numa floresta.

- Você está certo, papai não iria gostar.

- Agora, você poderia fazer-me um favor?

- Claro, diga - disse a princesa

- Você poderia devolver minha camisa.

- Ah! Claro, me desculpe - Corando ela devolveu a camisa

 Colocando-a de volta ao corpo Thomas olhou para a princesa, segurando sua mão os dois voltaram para o palácio.

 Chegando ao salão um bolo estava posto em cima da mesa central.

- Pai, o que é isso?

- É um bolo minha, querida - riu o grandioso rei

- Eu sei, mas isso é pra mim? Ele é tão grande e majestoso, outrora poderia ser usado na minha coroação.

- Seu bolo de coroação será ainda mais esplendido do que esse, minha querida

- Obrigada, pai - disse Kalita abraçando o amado pai.

 O parabéns foi cantado e o bolo, partido. Todos os convidados se deliciaram com a guloseima, inclusive a família real. A festa não durou muito após a partida do bolo.

- Thomas, você já vai?

- Querida essa era a grande surpresa. Thomas irá passar alguns dias aqui - disse o rei detrás de sua fiha

- Não?

 O rei assentiu com a cabeça. Kalita sorriu.

 Logo após o término da festa todos retornaram para suas casas e a família real e Thomas seguiram para seus aposentos, e lá tiveram uma boa noite de sono.

 No dia segunda Katlita e Thomas acordaram cedo.

- Bom dia - disse ele quando se encontraram na escadaria.

- Bom dia - diz ela meio sonolenta.

- Tem certeza que você quer fazer isso?

- Entrar na floresta? - perguntou a princesa, logo o principe assentiu - Claro. Eu quero saber o que há lá.

- Tá. Mas antes eu quero uma arma

- Tudo bem. Eu pego. Me encontre na ponte.

 Ele assentiu


Pouco tempo depois o jovem casal estava na ponte.

- Arma?

- Aqui. - disse ela entregando uma espada para ele

-E você? Sua arma?

- Aqui. - diz ela mostrando uma adaga afiada com pequenos rubis encrustados

- Vamos - disse Thomas andando pela ponte.

 Kalita segura a mão de Thomas e ele se vira. Eles se olham por um bom tempo

- Eu te amo - disse ele quebrando o silencio.

 Thomas beija-a. Era o beijo mais gostoso que ela já havia provado




- Vamos?- disse Kalita

 Thomas assente com a cabeça, mas de repente se ouve um barulho, um grito que foi reconhecido pela princesa

- Pai? - berrou ela

 Saiu correndo desesperadamente para o palácio, lá estava ele. Com um ferimento na barriga, sangue se espalhava pelo chão

- Pai! - grita ela com lágrimas escorrendo pelos rosto como uma noite de chuva - Pai...

 Agachando-se ao lado dele ela o abraçou, agora o sangue dele estava em todo o corpo del, na face, nos braços e no vestido, era uma visão horrenda.

- Caos - foi o que o pai dela disse, poco segundos depois mais gritos e cheiro de fumaça.

- Pai não ... - a voz dela falhou quando seu pai fechou os olhos - Não! Não!

 As lágrimas de seu rosto se misturavam com o sangue de seu pai que estava em sua face.

- Kalita o reino está sobre ataque, nós precisamos ir.

- Não! Temos que esperar ele, ele vai voltar, ele vai voltar. Vai sim... vai sim - a menina dizia isso enquanto se balançava para frente e para trás

- Ele... ele não vai voltar. Kalita, ele está morto - disse Thomas se aproximando de sua amada

 A jovem descontroladamente sacou a sua adaga e disse enquanto apontava-a para ele

- Temos que ... temos que esperar. Ele vai voltar - dizia ela sorrindo.

 Ela estava louca, em estado de choque.

- Tá, nós vamos esperar. - disse ele se sentando no chão

 Ficaram assim por mais ou menos três minutos que foi o tempo necessário para que Thomas bolasse um plano. Ele pegou um garrafa que havia ficado do café da manhã e bateu-a na cabeça de sua amada, isso havia partido seu coração, cambaleando para trás viu que os soldados estavam se aproximando, virou-se para a princesa e a pegou em seu colo. Thomas saiu correndo do castelo e foi para o estábulo real, deu uma rápida olhada nos cavalos e pegou um preto. Montou-o e mandou ele correr para o mais longe possível, o cavalo o fez.



Já estava de noite e a princesa não havia acordado. Será que bati forte demais?, pensou Thomas.





















Aí está!! Se gostarem comentem, pleaseeeeeeeeeeeeeeeeee.
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